Em constante evolução, o laser amadureceu e ganhou espaço de destaque na medicina. Especialistas avaliam benefícios do recurso.
Algumas tecnologias mostram que vieram para ficar. Esse é o caso do laser, que é considerado recurso imprescindível na medicina. A oftalmologia foi a primeira especialidade que aplicou o laser em seus procedimentos, ainda na década de 60. "O laser trouxe muitas vantagens para os pacientes da oftalmologia. Entre elas, podemos destacar a redução dos casos de cegueira em pacientes com diabetes", conta o oftalmologista Renato Braz, coordenador do Departamento de Retina e Vítreo do Inob, em Brasília.
O sucesso do laser não ficou restrito à oftalmologia. Outras especialidades também aderiram à tecnologia, alcançando assim inúmeros benefícios. A dermatologia, por exemplo, praticamente aposentou os bisturis. "O laser possui um caráter antiinflamatório, sua atuação é exata e não causa sangramentos. Um tratamento que exemplifica a transformação trazida é o de retirada da tatuagem. Antes, era necessário tirar a pele de outro lugar para colocar sobre a área tatuada. Hoje, o laser realiza a cobertura sem cortes", lembra o dermatologista Gilvan Alves.
Na era do laser, a urologia também saiu ganhando. O laser cirúrgico flexível, por exemplo, é capaz de pulverizar cálculos que se encontram em qualquer local do trato urinário - seja no rim, no ureter, na bexiga ou na uretra. "Entre as vantagens atestadas por publicações científicas, estão a eficácia de até 98% e a redução no índice de complicações e do período de internação hospitalar", explica Dr. Paulo Said, diretor-médico do Hospital Dr. JK, que possui um dos mais modernos equipamentos da área.
Cuidados - Com sua evolução, atualmente, o laser possui poucas restrições, mas ainda demanda cuidados. O dermatologista Gilvan alerta que grávidas e pacientes com doenças de pele, como vitiligo e lupos, não devem se submeter a tratamentos com laser. E pessoas com pele negra ou morena devem ter cuidado redobrado, porque o laser é atraído pela melanina e pode se espalhar por uma região maior do que a desejada.
Seja qual for a aplicação, a tecnologia tem que ser usada apenas por médicos. "Na oftalmologia, por exemplo, para cada procedimento, utilizamos um laser específico. Além disso, para cada caso avaliamos e definimos a duração, o poder e o tamanho do feixe. Vale destacar que a falta de habilitação para operar os equipamentos coloca em risco a saúde e a qualidade de vida do paciente", conclui Dr. Renato Braz.
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