O peixe é um alimento saboroso e de fácil digestão. É excelente fonte de proteínas, sais minerais, vitaminas, gorduras, portanto, rico em nutrientes, comparáveis à chamada carne vermelha.
Os sais minerais estão presentes na maioria das espécies de peixes e são: cálcio (principalmente na sardinha), ferro, iodo, fósforo, cobre, magnésio e selênio.
As vitaminas mais encontradas são: A, complexo B (B1 e B2), D (depende da quantidade de gordura do peixe, sendo em maior quantidade na taínha e no atum).
Os peixes são ricos em gorduras polinsaturadas, como por exemplo, os peixes marinhos, geralmente de águas mais frias, como o salmão, o bacalhau, o atum, o arenque, a sardinha e a cavala.
CUIDADOS NA AQUISIÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PESCADOS
O pescado é altamente perecível, exigindo cuidados especiais na sua conservação, manipulação e preparo.
Na hora da compra, verificar se os pescados estão com bom aspecto: guelras vermelhas, escamas brilhantes e bem aderidas, olhos salientes e brilhantes, pele firme, cor e cheiro próprios.
Nos supermercados, sacolões, feiras livres e outros, os pescados devem estar expostos em bancas limpas, com bastante gelo ou em balcões refrigerados.
O pescado deve ser submetido ao congelamento prévio à temperatura de – 20 ° C, por sete dias, se for destinado a consumo cru.
É importante que os restaurantes, churrascarias, fast-foods, entre outros, adotem os procedimentos de Boas Práticas, a fim de garantir a qualidade higiênico sanitária do alimento preparado. Os serviços de alimentação devem implementar os Procedimentos Operacionais Padronizados relacionados à higiene das instalações, equipamentos e móveis, controle integrado de vetores e pragas urbanas, higienização do reservatório de água, higiene e saúde dos manipuladores, controle e garantia de qualidade dos alimentos.
O QUE É DIFILOBOTRÍASE?
É uma doença intestinal de longa duração, causada por um parasita, Diphyllobothrium ssp, a tênia do peixe, que pode persistir no intestino humano por mais de 10 anos, instalando-se no intestino delgado e podendo atingir até 10 metros de comprimento.
COMO IDENTIFICAR O PEIXE CONTAMINADO?
A larva em peixes infectados não é visível a olho nu.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
A maioria das infecções é assintomática. Nas infecções sintomáticas apresenta-se um quadro de dor e desconforto abdominal, flatulência, diarréia, vômito e perda de peso, podendo ocorrer anemia megaloblástica por carência de vitamina B12. Infecções severas podem resultar em obstrução intestinal ou do ducto biliar.
COMO AS PESSOAS SE CONTAMINAM?
A infecção humana ocorre quando são consumidos peixes crus, defumados ou mal cozidos que contém a larva infectante.
COMO DETECTAR A DOENÇAS?
Pelo exame de fezes.
MEDIDAS PREVENTIVAS
O pescado deve ser submetido ao congelamento prévio à temperatura de – 20 ° C (menos 20º C), por sete dias, se for consumido cru. O congelamento é uma prática importante, pois inativa o parasita. É recomendável a leitura dos Manuais dos refrigeradores e freezers, no sentido de verificar se os mesmos atingem a temperatura adequada.
Outra medida de prevenção é o cozimento completo de peixes e mariscos a 60 ° C por 10 minutos.
E A POPULAÇÃO, COMO PODE SE PREVENIR?
Adotando os procedimentos de congelamento prévio a - 20° C, por sete dias para o consumo de peixes crus ou ingerindo esses produtos bem cozidos ou assados.
ATENÇÃO: Não consuma pescado de origem duvidosa ou desconhecida.
Evite consumir pescado cru, que não tenha sido submetido ao congelamento prévio.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância Sanitária e Centro de Vigilância Epidemiológica - Comunicado Conjunto CVS/CVE nº 01 /2005. Disponível em http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/COMUNICADO_PEIXE.htm. Acessado em 08/04/2005.
Leitura adicional:
Peixe na alimentação é saúde!
Óleo de peixe
Centro de Vigilância Epidemológica